Uma parceria boa é aquela que nos deixa tão seguros e na potência que queremos ousar, queremos fazer coisas novas.
O poder de um casal de “bem amados” tem poucos limites, já o dos dependentes o limite é gigante.
Uma boa companheira, jamais usará contra você aquilo que você confessou na intimidade, mesmo quando estiver com raiva.
É aquela que você pode contar que arrasou no trabalho e vai ser acolhido e admirado. Ou quando você tem a melhor ideia pros projetos dela, ao invés de se sentir insegura e competir com você, ela te agradece e agrega aos próprios pensamentos.
Relacionamento bom expande a gente; não encolhe.
Uma relação amorosa tem que ser ninho. É onde ensaiamos voos, é onde se deve ousar, experimentar, errar e aumentar limites.
Se não pudermos ser estranhos, ridículos, até bizarros dentro de um relacionamento, o tédio vai se instalar. E o sexo vai robotizar porque sexo bom vem de conexão, e isso requer entrega e só acontece quando nos é dado espaço, se somos sempre encaixados nunca tomaremos esse espaço e seremos apenas casca e ela se quebra com qualquer bobagem. Se for para ousar, precisa haver confiança para ser com quem está com você.
Porque armamos bombas em toda parte quando não podemos ser nós mesmos no relacionamento. O inconsciente é foda. Ele boicota. Ele age para que a gente pule fora daquilo.
Eu já tive amores que me botaram coleira, que me sequestram de quem eu era, mas já tive bons encontros com pessoas que me fizeram transbordar de aceitação. Já me deram correntes e já me deram asas. Claramente, os amores na minha vida, vieram na frequência da minha evolução interna. A culpa nunca foi de nenhuma delas, sempre fui eu que escolhi as pessoas que eu podia bancar com o grau de “auto amor” que eu tinha no momento. Assim como a gratidão de quem me vez ver o melhor ângulo de mim.
Sou grato a todos os meus amores e encontros. Ganhei aprendizado diferente com cada um deles e amo aceitar que sou fruto das pessoas que construíram histórias comigo. Incrível também como o tempo NADA tem a ver com a força das memórias. Alguns castelos demoram anos para serem construídos e se tornam escombros com pouco tempo. Por outro lado, existem construções lindas e eternamente consolidadas na memória, que se construíram com bem menos tempo e muito menos recursos.
Entender e aceitar o passado são uma forma de se libertar das prisões emocionais mais difíceis, e é isso que devemos buscar.
Texto inspirado e adaptado nos escritos originais da Cláudia Lesbie.