sábado, 3 de junho de 2017

Anos Incríveis


À tarde de hoje foi emocionante pra mim.

A algumas semanas atrás, comprei o DVD com a primeira temporada de um seriado que marcou muito a minha infância e adolescência no final dos anos 80 e comecinho dos anos 90: ANOS INCRÍVEIS.

O seriado conta a vida de um garoto, Kevin Arnold, dos 12 aos 18 anos. Na verdade a narração era feita pelo próprio Kevin adulto, que tinha sempre uma visão muito particular dos acontecimentos da sua infância e adolescência.

Temas como primeiro beijo, amizade, perdas, decepções, família, lealdade, resiliência, turmas na escola; eram temas corriqueiros dos episódios.

Hoje assisti quase todos os episódios da primeira temporada junto com meu filho; ele prestes a fazer 12 anos. Muitos sorrisos, alguns constrangimentos e conversas. Indescritível. Uma sensação de transmissão. Poucas coisas me tocaram tanto no que se refere ao SENTIDO das coisas.

Sem falar que o tema de abertura é uma delícia (com Joe Cocker – embora a música original seja dos Beatles). Passou um filme na cabeça. Muito legal!!!

Essa é a frase FINAL do autor no último episódio e talvez traduza um pouco do que senti "Crescer acontece num piscar de olhos. Um dia você está de fraldas, no outro você já se foi. Mas as lembranças da infância ficam com você a longo prazo. Me lembro de um lugar... uma cidade... uma casa como muitas outras casas... um quintal como muitos outros quintais... numa rua como muitas outras ruas. E o negócio é que... depois de todos esses anos, eu ainda olho pra trás... maravilhado."
👨👦❤️💙🎬

sábado, 30 de julho de 2016

"E na imensidão do meu silêncio, sou aquilo que sinto e que poucos podem ver" 


"O medo ameaça.
Se você ama, terá Aids
Se fuma, terá câncer
Se respira, terá contaminação;
Se bebe, terá acidentes
Se come, terá colesterol
Se fala, terá desemprego;
Se caminha, terá violência;
Se pensa, terá angústia
Se duvida, terá loucura
Se sente, terá solidão".

E.Galeano

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Nunca pensei que pudesse sentir ódio.

Sabe aquele vizinho chato que te enche o saco com o posicionamento político ou esportivo diferente do seu? Sabe aquele colega de trabalho que tenta te prejudicar ou roubar seu cargo? Sabe aquela namorada que te abandonou depois de dois anos de namoro e dedicação? Sabe aquele policial que te multou porque seu carro estava parado a menos de cinco metros da esquina de uma rua deserta? Sabe aquele menino que te roubava o lanche na escola quando você era pequeno?

Então. Descobri que tudo isso é raiva. 

Não chega nem perto do que é ódio. 

Só sabe que isso é raiva, quem experimenta ódio. É algo que consome. Que adoece. Estou careca de saber do quanto este sentimento faz mal e do quanto ele é moralmente abominável. Mas, parecido com a paixão, ele é sorrateiro e avassalador. Invade. Toma posse. 

Claro que para despertar algo assim, também carece de muita dinamite. 

Ódio é calamidade pública. É preciso chover muito, por muito tempo.

Eu vim de muitas tempestades. Muitas. Daquelas que dão medo. Mas encarei todas. Uma a uma. Trovão. Relâmpago. Inundação. Respirei e superei todas. As vezes sozinho. As vezes com ajuda (afetiva, intelectual ou química).

Depois de um tempo, fechei o guarda chuva. Acabou. Fim. Um pequeno e tímido sol.

Mas percebi que o estrago foi grande. 

Telhado quebrado. Terreno enlameado. Cômodos cheio d'água. Muita coisa bonita que estava dentro, enferrujou.

E as pessoas que ali moravam também teriam que mudar de cômodo. Se adaptar. Revesar pra ficar juntas. Não cabiam todos ali ao mesmo tempo. Era triste, mas era preciso agradecer por estarem todos vivos.

Mãos a obra. Parede refeita. Telhado (não mais de tijolos, agora de palha) refeito. Tirar de balde a água represada. 

Trabalho. Tempo. Transpiração.

Aí, de repente, um terremoto. E uma tempestade. E tudo está no chão. Do mesmo jeito. A sensação de que nenhum esforço valeu a pena. Nada. Exatamente como no fim da primeira tempestade. 

Só que nessa história, a força da natureza tem nome e sobrenome.

Nessa hora se experimenta sentimentos que só se conhece em livros e filmes.

E esse sentimento te conecta a outros tão sombrios quanto. Dor. Ressentimento. Decepção. Tristeza. Desmotivação. Medo. Ira. Nojo. Desesperança. Apatia. Ansiedade. Angústia.

A sensação de derrota é gigantesca.

E a culpa de ter feito apenas telhado de palha, quando se conhecia a força da tempestade. Ainda mais morando ali. Sabendo que aquela região (com nome e sobrenome) é bastante factível de tempestades. Mas você duvida. Acredita no ditado que seus pais diziam; que dois raios nunca caem no mesmo lugar. Ledo engano. Caem sim. No mesmo lugar. Parece até que é o mesmo raio. 

Mas acredito na "vida pós ódio". Que "isso" também passe. Acredito na resiliência. E que o ódio, assim como as paixões, também se vá com o tempo.

Dos escombros, mas de pé.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016



"Às vezes é preciso diminuir a barulheira, parar de fazer perguntas, parar de imaginar respostas, aquietar um pouco a vida para simplesmente deixar o coração nos contar o que sabe. E ele conta. Com a calma e a clareza que tem".
"Eu, você e todos nós estamos a procura de algo que ainda não experimentamos, algo que a gente supõe que exista e que nos fará mais felizes ou menos infelizes. Eu, você e todos nós tentamos salvar nossas vidas diariamente (...). A gente quer e não quer, o tempo todo. Será que durante uma caminhada de uma esquina a outra, em um único quarteirão, é possível acontecer uma paixão, uma descoberta?"

domingo, 20 de setembro de 2015

"Rir é arriscar parecer tolo... 
Chorar é arriscar parecer sentimental... 
Tentar alcançar alguém é arriscar envolvimento... 
Expor sentimentos é arriscar rejeição... 
Expor os seus sonhos perante a multidão, é arriscar parecer ridículo... 
Amar é arriscar não ser amado de volta... 
Seguir adiante face a probabilidades irresistíveis, é arriscar ao fracasso... 
E apenas uma pessoa que corre riscos é LIVRE."

segunda-feira, 14 de setembro de 2015


"E mesmo sem tantas razões, permanecia. Observava o passar das estações…Enlouquecia. Estava a perceber as consequências de sentir. E mesmo que houvesse dor, não desistiria. Era o que a fazia seguir…"

sábado, 13 de junho de 2015


“Tudo é vivo e tudo fala ao nosso redor, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a esclarecer o nosso próprio mistério”. 

Cecília Meireles

domingo, 7 de junho de 2015